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Ilusões do amanhã
Enviado por Fábio Espíndola Gomes-São Paulo-Capital

Por Alexandre Lemos, o Príncipe Poeta, aluno da APAE de Barbacena-MG
Alexandre tem 28 anos

14 maio, 2006

Por que eu vivo procurando
Um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você

Eu quero apenas viver
Se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece
me ignorar
Sem nem ao menos me olhar

 
Me machucando pra valer.  

Atrás dos meus sonhos eu vou correr
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um
O meu, cadê?

Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.

Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho
Na procura de te esquecer
Eu fiz brotar a flor

Para carregar junto ao peito
E crer que esse mundo ainda tem jeito
E como príncipe sonhador
Sou um tolo que acredita ainda no amor.


Chuva, chuva, fuja!
Enviado pelo autor

Por Rodrigo Capella, escritor, poeta e jornalista. Autor de diversos livros,
entre eles "Como mimar seu cão" e "Transroca, o navio proibido"

www.rodrigocapella.com.br
E-mail: contato@rodrigocapella.com.br

24 dezembro, 2005

Raio de brilho omisso,
terra, de mim desgastada,
entre ofícios e ócios,
vida apagada.

Tempo de ternura e agonia,
vento com chuva carregada,
prefiro momento controlado,
vida, tempo confiscado.

Quadro sem luz,
caminho tortuoso de moral.
Ternura, agonia, fuja,
enquanto é carnaval.


Morte e vida severina (trechos)
Auto de Natal Pernambucano

Da editoria do Jornal dos Amigos

Por João Cabral de Melo Neto

De sua formosura
já venho dizer:
é um menino magro,
de muito peso não é,
mas tem o peso de homem,
de obra de ventre de mulher.

De sua formosura
deixai-me que diga:
é uma criança pálida,
é uma criança franzina,
mas tem a marca de homem,
marca de humana oficina.

Sua formosura
deixai-me que cante:
é um menino guenzo
como todos os desses mangues,
mas a máquina de homem
já bate nele, incessante.

Belo porque tem do novo
a surpresa e a alegria.
Belo como a coisa nova
na prateleira até então vazia.
Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.

E belo porque com o novo
todo o velho contagia.
Belo porque corrompe
com sangue novo a anemia.
Infecciona a miséria
com vida nova e sadia.
Com oásis, o deserto,
com ventos, a calmaria.

E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;

mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.


Mamilengo
Enviado pelo autor, Recife-PE

Por Daniel Leite

Se ainda me resta um pouco de imaturidade
Quero preservá-la para ainda poder sentir
Que posso descosturar o fio transparente
Que está nas minhas costas
Mamulengando a minha versão de realidade.

Quero sair de dentro de mim
Para finalmente me reconhecer
Procurando um solo firme
A coxia deste palco envenenado
Para quando abrir as portas dos fundos
Perceber que ainda existe o quintal.


O túnel
Enviado pelo autor, Natal-RN

Por Robério Matos

16 setembro, 2005

Há um túnel.
Extenso!
Profundo!
De paredes coloridas.
Que atravessa rochas
E perfura o mundo.

Gira, transfigura-se,
Alternando suas cores,
Seus pigmentos
Cintilantes e multicoloridos.
Que hipnotiza
E a ele nos gruda.

Ora nos faz deslizar
E cair em suas trilhas.
Também nos prende
Em suas teias.
Outras vezes nos imobiliza
Apenas com o seu esplendor.

Não se avista um fundo.
Há, todavia,
Um caminho para ele
Que poucos
Têm coragem
De percorrer...
Mas que muitos
Gostariam de fazê-lo.

Há um túnel.
Extenso. Profundo!
Mas existe também
Um caminho
E uma bússola...
A saída?
Ora...
Encontre primeiro
O túnel...


A essência
Enviado pelo autor

Por Charles Nunes de Melo

10 junho, 2005

Quando comecei a atinar
Queria ser um engenheiro
Para poder construir
Os sonhos que vieram primeiro.

Depois então entendi
Que não seria tão fácil
Pois para construir algo
Devia haver um prefácio.

O prefácio seria o alicerce
A base da construção
Que deveria ter argamassa
Para sua sustentação.

O cimento não conhecia,
Não sabia o que era
Sabia que era concreto
E não apenas quimera.

Após pensar várias vezes
Cheguei à conclusão
Que o cimento é o Amor
Vindo do coração.

Também depois entendi
E ficou evidente para mim
Nas fortes construções há Amor
No começo, meio e fim.

Ver mais poesia


Música de fundo em arquivo MID (amostra experimental):
"Ainda lembro", de Marisa Monte
Seqüencia Midi de Pedro A. Zaniolo e Andréia Vianna
Nota para a seqüencia MIDI: *****

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Belo Horizonte, 28 maio, 2006