O último administrador do Rio

Por Luiz Roberto Bendia, editor do Jornal dos Amigos

 

O último ESTADISTA
(em caixa alta mesmo) que o Rio de Janeiro teve -com todas as contradições de sua personalidade- foi Carlos Lacerda. Sujeito responsável, ousado, que abriu frentes de trabalho em seu governo, teve amor e carinho imenso por sua cidade

 

Carlos Frederico Werneck de Lacerda,
governador do Rio de Janeiro
entre 1961 e 1965

Suas obras? Foram mais de mil realizadas. Quase uma para cada dia de seu governo. Lacerda governava da rua. Ele gostava de dizer que podia ouvir o que lhe diziam e o que dele falava o povo.

Construiu o Parque do Flamengo e a Praia do Flamengo, que até hoje as pessoas chamam de "Aterro do Flamengo". Removeu favelas, construiu a Vila Kennedy, por intermédio da COHAB - Companhia Estadual e Habitação, que abrigou na época 12 mil famílias.

A Adutora do Guandu -43 quilômetros de túneis por onde corre água, que até hoje abastece a população do Rio- foi construída em seu governo.

Com um empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) investiu maciçamente em Saúde e Educação. Sucesso total. Em 4 anos e meio foram construídas 282 escolas com 1552 salas de aula para mais de 100 mil crianças, entre 8 e 14 anos, que anteriormente não encontravam vagas.

Os hospitais públicos, como hoje, estavam aos pedaços. Além de reaparelhar os hospitais, ele duplicou o Hospital Miguel Couto que se tornou padrão de qualidade.

Abriu os túneis Rebouças e Santa Bárbara, criou a Sala Cecília Meireles, construiu os trevos dos Marinheiros e o Faria-Timbó, recuperou o Teatro Municipal, abriu 600 quilômetros de esgotos. Deixou projetados na prancheta os traçados da Linha Vermelha e da Amarela.

Governou com uma equipe enxuta de profissinais, algo semelhante ao que governador Aécio Neves faz hoje em Minas.

No último dia de seu governo requisitou um canal de TV e ficou 24 horas no ar prestando contas de seus atos.

Carlos Lacerda, carioquíssimo, nasceu em 30 de abril de 1914, no bairro Laranjeiras,
e faleceu em 21 de maio de 1977, na mesma cidade em que o povo o acolheu.

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Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Triste" de Tom Jobim
Nota para a seqüência Midi: *****

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Belo Horizonte, 10 março, 2005

Política