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Opinião
Com a palavra, um
piloto da VARIG
Enviado por Joni Lopes, Rio de Janeiro-Capital
Por Mauro Proença, comandante da VARIG
Fonte: http://marcelotas.blog.uol.com.br
21 abril, 2006
Naquele ano, o "seu Hélio",
presidente da VARIG, determinou que deveríamos entrar na "modernidade".
"A VARIG é uma empresa com vocação para voar
e manter aeronaves. A vocação de ser dono das mesmas,
cabe às empresas de leasing" (em formação
naquele momento).
Venderam então, a maior parte da nossa frota grande, inicialmente.
E fizeram o "leaseback" (passamos a pagar aluguel pelas aeronaves).
No final daquele ano, percebeu-se que o custo da operação
aumentara de forma nunca vista (preço do leasing!).
Bom, mas e o dinheiro da venda? A pergunta continua por aí...
Poucos anos depois, com o falecimentodo seu Hélio, veio o seu
Thomas. Que procurou saber o quê ainda havia na VARIG "para
ser modernizado". Desta feita, perdemos o Catering (local de preparo
das refeições), além da única oficina de
motores a jato da América Latina e do Hemisfério Sul,
entre outros acessórios. Também passamos a pagar pelas
refeições e pelas revisões de motores, entre outros.
Mas, àquela época, faturávamos muito. Por exemplo:
no mercado USA detínhamos 70% (!!!) do faturamento. Isso mesmo.
Disputando com a PANAM a VARIG era imbatível. E, de todas as rotas internacionais, a brasileira só perdia para a TAP. Diante dos números avassaladores da VARIG para os EUA, apareceram a VASP,TRANSBRASIL, e TAM que, em uníssono, disseram ao governo brasileiro que também gostariam de participar do mercado internacional.
Com QUATRO daqui, a recíproca é verdadeira. Desta forma, o Brasil passou a ser o único país do mundo a ter OITO empresas disputando UM único mercado. Os brazucas daqui passaram a disputar com: UNITED (1ªmaior americana), AMERICAN (2ªmaior), DELTA (3ª), CONTINENTAL (8ª), sem contar as Charters. O mercado de vôos internacionais necessita de volume. Muitos bilhetes têm que ser vendidos para ser lucrativo. Com a pulverização, o que foi que aconteceu?
Abreviando, a VARIG ficou (praticamente) só, contra a 1ª, 2ª, 3ª, e 8ª americanas na disputa. A TAM, com poucos vôos para Miami, não representava muito. A fatia que cabia ao mercado brasileiro despencou de 70 para 30%. Depois da saída do seu Thomas (foi para a TAM), mudaram o estatuto da Fundação Ruben Berta (FRB), e o presidente da VARIG passou a se reportar àquele que controlasse a FRB (seu Yutaka). Como já não havia praticamente nada a ser "modernizado" na empresa, passou-se a encolher a VARIG, em detrimento da RIO SUL. Onde aquela era uma empresa que só dava lucro (porque todo o prejuízo era lançado na VARIG).
Outra modalidade mais grave foi quando passamos a devolver aviões por falta de pagamento (B-737). Coincidentemente, apareceu uma tal de BRA, também com B-737 (alguns até tinham pertencido à VARIG...), para fazer nossos vôos (bilhetes VARIG!!!). A fórmula era a seguinte: o passageiro comprava o bilhete VARIG, e só dentro do avião ele sabia que o vôo era BRA. Era a "modernização" do nosso produto final: nosso assento (a VARIG pagava para a BRA fazer um vôo nosso).
Mas por que ninguém fez nada?
Infelizmente, a VARIG, desde o tempo da 2ª guerra, não tem
UM dono. Tem um grupo controlador (FRB). Todos aqueles que "ousaram"
questionar o controlador da FRB (na época: seu Yutaka) perderam
seus empregos...
A coisa começou a mudar quando os pilotos colocaram a boca no
trombone, há coisa de uns 10 anos. Mas o estrago já estava
feito.
O mundo e a aviação estão mudando muito. Só aqueles que estiverem melhor adaptados sobreviverão. O nosso governo está "modernizando" a rota de Londres (LHR). A TAM estará inaugurando esta rota este ano. A recíproca é a VIRGIN ATLANTIC, empresa com quem a BRITISH AIRWAYS não consegue competir... Seremos quatro empresas neste mercado. Alguém por aí pode fazer algum prognóstico?...
A VARIG transporta, ainda hoje, mais passageiros (brasileiros e alemães) para a Alemanha do que a LUFTHANSA (acreditem, é verdade). A TAM também estará voando para lá. Ainda não sei quem mais de lá virá pra cá. Mais quatro no mesmo mercado. Mais algum prognóstico?...
Hoje, a VARIG é apenas um fragmento do que já foi. Alguém aí se lembra do último acidente da VARIG? Faz muito tempo, né? Mesmo nestes tempos de penúria, nosso padrão não caiu, apesar de muita gente torcer por isso. Me dizia um amigo do Exército que a Infantaria NUNCA recua: "faz meia-volta e avança!".
Estamos há 2 anos sem o 13º salário e há mais de 2 meses com pagamentos atrasados. Ainda não ouvi ("ou não quis ouvir") o toque de meia-volta. Continuamos fazendo o melhor, da forma mais honesta que conhecemos. Como funcionário sou suspeito para dizer que vale a pena esticar a mão para a VARIG. Como brasileiros deixo por conta de vocês a análise.
Por que não seguimos o exemplo
dos franceses?
Enviado pelo autor, São Paulo-Capital
Por Walter A. Vitor, especialista em mídia e propaganda
28 março, 2006
Sei que não sou apenas mais um brasileiro indignado, mas não
posso ficar calado frente à tanta "sacanagem" explícita
diariamente... Um certo presidente ainda do regime militar, cujo nome
não recordo, disse algo mais ou menos assim: "No futuro
os veículos de comunicação irão decidir
o rumo do Brasil". Isso deve estar acontecendo, pois vemos que
os maiores veículos do país tentam retirar e até
mesmo abafar o peso dos crimes cometidos por pessoas que pertencem a
esse governo.
Há alguns anos o presidente Collor foi cassado por ter caixa
2 em sua campanha. Disse certa vez em uma entrevista que foi cassado
por não fazer parte de churrascos e festinhas em casas de deputados
da época. Já o Lula...caixa 2, mensalão, dinheiro
de Cuba, Farcs e tudo mais que nunca soubemos além de churrascos,
festinhas, partidas de futebol... Será por isso que nada acontece?
Por outro lado, o governador que descobriu as fraudes e puniu os culpados,
recebe os principais destaques em todos os noticiários, passando
a imagem de que fosse conivente com tais absurdos, não ressaltando
o exemplo de eficiência, porém não estou aqui para
fazer propaganda para político nenhum e sim para cobrar uma atitude
da sociedade.
O próximo governo não pode
chegar ao poder sem saber que nós não vamos perdoar esses
atos ilícitos. Eu pergunto, cadê os caras pintadas? A Rede
Globo não "chamou"? Nem mostrou as manifestações
contrárias? Por quê? Será por causa de alguns bilhões
que o atual governo emprestou?
Nós devemos aprender um pouco com os franceses, que contra uma
lei, que não concordam, foram às ruas protestaram e estão
fazendo uma greve geral. Enquanto isso nós ficamos assistindo
aumento de salário de deputados, aumento de impostos, além
de deputados que confessaram atos de corrupção serem absolvidos
com direito até a "dançadinha". Nós não
podemos ficar parados esperando às eleições para
que esses corruptos e criminosos saiam impunes. Devemos ir às
ruas e protestar. Esse é nosso direito e dever como cidadões.
Só vamos construir uma nação de verdade o dia em
que deixarmos de lado a vergonha, o medo, a preguiça, as diferenças
e nos unirmos para manifestar nossa opnião e indignação.
Acesse: http://brasil-decara.blogspot.com e participe
com comentários e opiniões
Planejamento familiar
Enviado pelo autor, São Paulo-Capital
Por Pedro Cardoso da Costa, bacharel em direito
3 abril, 2006
A discussão sobre esse tema fica entre dois extremos: a Igreja
Católica defendendo a vida no arcaico crescei e multiplicai-vos
e os políticos, temerosos à Igreja, nunca o encaram com
a devida seriedade e quando falam é de forma tímida e
incompreensível. Um fato natural, devido às radicalizações,
passou a ser um problema complexo de difícil solução
porque o Estado se omite de exercer devidamente a sua função
preocupado com a religião, uma questão que diz respeito
apenas à individualidade da pessoa.
A liberdade sexual -passando pela AIDS resulta em inúmeras
jovens sem informação correta engravidando precocemente,
gerando família e amontoando-se no fundo do quintal dos pais,
morando mal a família nova e a dos pais.
Hoje, praticamente toda família tem um(a) jovem com filhos. Essa
criançada não passou da 4ª série do ensino
fundamental, tem dentes cariados ou nem tem, não paga um convênio
médico e muito menos tem emprego. Quando muito preenche dois
destes requisitos, mas a maioria nem sequer alcança um, salvo
sempre as honrosas exceções.
Certo é que assim como existem pessoas que poderiam ter quantos filhos quisessem, uma pessoa desempregada, sem outros meios de se manterem não poderiam ter nenhum filho, enquanto essa situação não se modificar. A criança tem direito à comida, à moradia, à escola e a atendimento médico. Sem essas mínimas condições, é preferível evitar filhos. Espermatozóide não é criança e não passa fome.
Alguns setores da sociedade - em especial a mídia - têm responsabilizado as pessoas que têm recursos financeiros pelo abandono de crianças. Isso é injusto! A responsabilidade tem que recair sobre os pais. Eles são os únicos responsáveis! É mais fácil, racional, inteligente e mais econômico evitar filhos a tê-los para morrerem pela simples falta de saneamento básico; pela falta de cuidados de higiene e até de fome. É preciso substituir a necessidade psíquica que quase todo jovem tem de ter filhos por valores como estudo, lazer, esporte, programas culturais. Fixar a certeza de que a pessoa sem casa e sem emprego não pode ter filhos.
Não há adoção
que resolva o problema do menor abandonado. Adotam-se dez num dia, duzentos
são colocados nas ruas no dia seguinte. Até hoje, nenhum
pai (ou mãe) foi civil ou penalmente responsabilizado por isso!
Cadê o Ministério Público para punir esses pais?
Definitivamente, a adoção não é a solução.
Ao Estado caberia informar bem como evitar a gravidez precoce ou indesejada
e, principalmente, deveria colocar à disposição
de todos -ricos e pobres- camisinhas, vacinas, pílulas; e principalmente
autorizar a realização da vasectomia e da laqueadura de
trompas nos hospitais públicos para que os jovens não
justifiquem a fabricação de filho por não
poder evitá-los. Já autorizado por lei federal desde 1997,
mas os hospitais públicos estão desobedecendo à
lei e dificultando a realização das cirurgias.
A partir daí, exigir atuação firme do Ministério
Público no cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
O melhor controle seria o Estado colocar a informação
aos jovens como prioridade, impregnando-lhes valores que não
seja a reprodução indiscriminada. Deve cobrar com rigidez
dos pais que dêem as mínimas condições de
vida digna aos filhos. Estão faltando arcar com responsabilidade
e inteligência tanto o Estado e a sociedade quanto as famílias
e os jovens. Aliado à ignorância, o problema continua.
Responsáveis diretos ou não, todos sofrem passivamente!
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro
Nota para a seqüência Midi: *****
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