Tatuí gigante
Fotos enviadas por Inara Cristina, Brasília-DF

 
   

A descoberta da Petrobrás foi na Bacia de Campos - RJ, achada pelo ROV (robô), a 1.680 metros de profundidade. Para quem não conhece, tatuí é um bichinho que entra na areia depois que a onda do mar recua. Parece uma baratinha branca, mas dá um bom gosto no arroz...

Descrição do tatuí

Pequeno crustáceo decápode (com dez pés), anomuro* que habita praias arenosas, fazendo escavações na areia; tem coloração branca, com cerca de 3 cm de comprimento. Sua semelhança com os tatus valeu-lhe o nome comum. Vive enterrado na areia, a pouca profundidade.

Anomuro - Ordem de crustáceos malacostráceos*, da subclasse dos decápodes, com abdome reduzido, exposto, e cefalotórax longo, comprimido. São os tatuís e os paguros (vivem em conchas de moluscos, mudando de casa à medida que crescem, e alimentam-se de toda sorte de detritos orgânicos, sendo conhecidas cerca de 15 espécies no Brasil).

Malacostráceos - Subclasse de animais metazoários (divisão que abrange os animais pluricelulares), artrópodes*, crustáceos com 14 ou 15 segmentos no tronco, oito pares de apêndices torácicos e seis de abdominais, e telso (o último anel do abdome dos crustáceos) inteiro. A cabeça é normalmente soldada ao tórax, com abdome distinto, como ocorre, por exemplo, nas lagostas.

Artrópodes - Filo de animais enterozoários de simetria bilateral, cujo corpo é revestido de esqueleto quitinoso dividido em cabeça, tórax e abdome, com quatro ou mais pares de apêndices, quase sempre articulados. Tubo digestivo completo; respiração por meio de traquéias, pulmões ou brânquias; sexos geralmente separados. Terrestres ou aquáticos, de vida livre, comensais ou parasitas.


Notícias


Curiosidades


Universo está em decadência, diz estudo
Enviado por Marcelo Cerqueira

Por Salvador Nogueira, da Folha de S.Paulo
13 abril, 2004

Se é verdade que "o mundo todo é um palco", como dizia William Shakespeare (1564-1616), então as luzes estão se apagando. Um novo estudo realizado por astrônomos no Reino Unido mostrou que o Universo já não faz mais estrelas como antigamente.

Eles chegaram a essa conclusão depois de analisar a luz proveniente de nada menos que 96.545 galáxias relativamente próximas da Terra. De acordo com os novos resultados, o cosmos atingiu o ápice da temporada de fabricação de astros brilhantes cerca de 5 bilhões de anos atrás -justamente na época em que estava nascendo sua maior estrela, para o público humano: o Sol.

Hoje o Universo está em baixa -mais estrelas estão sumindo, e menos estão nascendo para substituí-las. O cosmos, que hoje tem 13,7 bilhões de anos, está entrando em decadência, ainda que num ritmo extremamente lento.

"Ainda vai levar uns poucos bilhões de anos para que o céu noturno escureça significativamente", diz Alan Heavens, astrônomo da Universidade de Edimburgo (Escócia) e principal autor do estudo, que saiu na última edição da revista científica britânica "Nature" (www.nature.com).

Longa temporada

Apesar disso, ninguém precisa se preocupar em comprar lanternas, ainda. "Muito, muito mais tempo será exigido até que as luzes se apaguem, porque cada geração de estrelas deixa alguns destroços, com os quais algumas estrelas novas podem se formar".

O estudo foi feito a partir de registros colhidos num grande projeto de observação de galáxias, o SDSS (Sloan Digital Sky Survey). Sua principal função é determinar com mais exatidão como as galáxias se distribuem no Universo (sabe-se que elas tendem a formar aglomerados desigualmente distribuídos pelo cosmos). Mas as observações se prestam também a outros usos, como o dado por Heavens e sua equipe.

Fósseis cósmicos

Eles descrevem sua pesquisa como uma observação do "registro fóssil" do Universo. As 96 mil e tantas galáxias estão todas relativamente próximas, entre 60 milhões e 1,5 bilhão de anos-luz daqui. Um ano-luz equivale à distância que a luz percorre em um ano, aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.

É impossível observar as estrelas dentro das galáxias individualmente, mas a luz combinada delas apresenta uma boa "média" da cor de todas as estrelas que estão ali contidas. Há uma relação muito forte entre a cor de uma estrela e sua idade. Conforme sua evolução e seu tamanho, elas têm temperaturas e cores diferentes. Com isso, é possível estimar aproximadamente a idade das estrelas de uma dada galáxia.

É uma técnica comparável à que as pessoas usam para identificar o momento mais adequado para consumir uma fruta --olhando apenas para seu aspecto e sua coloração, é possível estimar quão madura ela está.

A partir dos dados do SDSS, os astrônomos puderam fazer uma constatação curiosa: algumas frutas cósmicas envelhecem mais depressa que outras. Galáxias maiores parecem atingir o pico de produção de estrelas mais rápido.

Isso explica o porquê de os cálculos anteriores para o pico de formação de estrelas no Universo apontar para uma época mais remota, 8 bilhões de anos atrás.

"As outras estimativas são baseadas em pesquisas que levavam em conta galáxias distantes, procurando no passado [quanto mais longe se vê, mais antiga é a imagem] por sinais de formação estelar. Essas pesquisas vêem apenas as galáxias mais maciças, e, como descobrimos, essas galáxias atingem o pico antes, mas as pequenas, não-observadas, só atingiriam esse ponto mais tarde".

Em outras palavras, os grandes abacaxis cósmicos estragam mais rápido que as pequenas uvas. Se uma dada pesquisa só consegue ver os abacaxis, chega à conclusão de que o auge das frutas aconteceu bem antes. Olhando uvas e abacaxis próximos, Heavens obteve uma estimativa mais precisa.

Para ele, não é tão surpreendente que as galáxias evoluam de duas maneiras distintas, de acordo com o tamanho. "Já sabíamos que as galáxias vinham em dois tipos básicos --espirais e elípticas--, então talvez não seja completamente inesperado. Esperávamos que as galáxias formadas mais cedo fossem elípticas, e as mais recentes, predominantemente espirais."

Possibilidades

Graças aos dados do SDSS, o grupo pretende prosseguir com essa linha de pesquisa, a fim de decifrar os detalhes envolvidos na formação de estrelas e galáxias no Universo. "Estamos usando uma amostra tão grande que podemos fazer vários estudos subseqüentes", diz Heavens.

"Queremos descobrir se o ambiente da galáxia influencia a história da formação de estrelas. Também queremos saber se a formação de estrelas ocorre de forma contínua, ou em séries de picos".

O campo está longe de estagnado. Recentemente, um grupo de astrônomos descobriu algumas galáxias anãs ultracompactas, com uma densidade de estrelas jamais vista antes. "Estudos como esses vão ajudar a formar e testar nossas idéias sobre a formação de galáxias", diz Heavens.


Reflexão

Clonagem humana

Por Carlos Fernando Priess, advogado e economista
E-mail: carlos@priess.com.br

Segundo notícias vindas da Europa, os cientistas britânicos receberam autorização governamental para clonar embriões humanos. Entretanto, os mais temerosos da criação de pessoas todas iguais podem ficar descansados, já que a permissão não inclui a clonagem com fins reprodutivos, mas apenas para investigação médica. É assim o Reino Unido o primeiro país europeu a autorizar a clonagem humana.

Os cientistas irão retirar o material genético de uma célula do corpo de um adulto e realizar a fusão dessa célula com uma outra de um óvulo não fecundado. Dos embriões humanos criados em laboratório são extraídas apenas, as células especiais, para serem utilizadas em tratamentos médicos revolucionários.

Segundo o Doutor David Whiethouse, editor de ciência da BBC, "o termo clonagem de embriões é comumente associado a este tipo de trabalho científico. Mas isto não é correto, pois passa uma imagem errada do que realmente acontece", e isto não quer dizer que vá se criar vidas, mas salvar vidas isto sim.

E nos informa textualmente que "a clonagem é importante porque permite a criação de um tecido idêntico. Na terapia utilizada atualmente o corpo tenta rejeitar a células implantadas, que são identificadas como corpos invasores. Os médicos inibem esta reação do sistema imunológico prescrevendo poderosos medicamentos anti-rejeição que os pacientes têm que tomar pelo resto da vida. Mas esse problema não ocorreria com células criadas através da clonagem. Elas seriam produzidas a partir das células dos próprios pacientes e, portanto não seriam tratadas como invasoras pelo sistema imunológico".

A clonagem quando estiver totalmente aceita, terminará, por exemplo, com a busca desesperada para se encontrar um perfeito doador de medula óssea para os pacientes que sofrem de leucemia. Com a clonagem para fins terapêuticos os médicos poderão criar uma medula perfeita, utilizando células produzidas a partir dos próprios pacientes, e não seria tratada como invasora pelo sistema imunológico.

Todas as doenças degenerativas "que têm origem na produção equivocada de uma ou mais células poderão ser tratadas desta forma. Os cientistas acreditam que através da clonagem para fins terapêuticos poderão transplantar células nervosas nos pacientes que sofram de Mal de Parkinson ou de Mal de Alzheimer. Da mesma forma, o tecido muscular criado através desta terapia poderá ser utilizado em transplantes das áreas afetadas por doenças degenerativas do coração."

Inclusive, o tratamento de diabete e câncer nos seios da mulher, de próstata no homem será também contemplado com estudos que permitirão, um dia, não serem mais o punhal sempre apontado para o ser humano. Naturalmente são estudos que ainda estão se desenvolvendo, e levarão, por certo, uns 5 anos para chegarem ao ponto desejado, mas que é possível prever como certo.

Existe forte corrente contrárias a clonagem, levantando problemas de ordem religiosa, esquecendo entretanto, que serão utilizados apenas embriões criados em laboratórios, e que não se constituem ainda em uma vida propriamente dita, com células extraídas dos próprios pacientes. Dentro das teorias que são contrárias, ter-se-ia, então, que evitar a relação sexual, a masturbação, pois os espermas e os óvulos têm vida, e mesmo assim, relativamente poucas, entre milhões de relações de homem/mulher, que resultam em um novo ser.

A clonagem humana é uma realidade concreta e está lançada no mundo como uma nova alternativa para a cura de importantes doenças e problemas da humanidade. É uma obra importante dos cientistas, que como Adão e Eva, foram criados por Deus, a sua imagem e semelhança.


Especial

A ressonância Schumann
Enviado por Paulo Sérgio Loredo-São Paulo-Capital

O tempo passando mais rápido...

Por Leonardo Boff

Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real?

Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 Km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz.

Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde.

Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou.

Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançadores, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.

Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.

Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.

Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.

Ver edição anterior


Música de fundo em arquivo MID (experimental):
Tenderly
Nota para a seqüência Midi: *****

Participe do Jornal dos Amigos,
cada vez mais um jornal cidadão

O Jornal dos Amigos agradece a seus colaboradores e incentiva os leitores a enviarem textos, fotos ou ilustrações com sugestões de idéias, artigos, poesias, crônicas, amenidades, anedotas, receitas culinárias, casos interessantes, qualquer coisa que possa interessar a seus amigos. Escreva para o e-mail:

Se o conteúdo estiver de acordo com a linha editorial do jornal, será publicado.

Não esqueça de citar seu nome, a cidade de origem e a fonte da informação.

Solicitamos a nossos colaboradores que, ao enviarem seus textos, retirem as "flechas", isto é, limpem os textos daquelas "sujeiras" de reenvio do e-mail. Isso facilita bastante para nós na diagramação.

Início da página

www.jornaldosamigos.com.br


Belo Horizonte, 30 dezembro, 2004

Ciência