O telescópio Habble

Da editoria do Jornal dos Amigos
Colaborou: Paulo Sérgio Loredo, São Paulo-Capital

A história

O telescópio espacial Hubble foi colocado em órbita no dia 24 de abril de 1990. Três anos depois, astronautas instalaram lentes corretivas no telescópio com o objetivo de tornar as imagens enviadas mais nítidas.

Nesses 14 anos de funcionamento, o Hubble completou a órbita da Terra
82 mil vezes e fez 650 mil imagens de mais de 20 mil objetos-alvo. Comparando, o arquivo de dados do Hubble é igual em volume a todos os livros da Biblioteca do Congresso dos EUA, a maior do mundo. As observações em luz visível, infravermelha e ultravioleta do telescópio geraram mais de 5 mil artigos científicos.

Entre as grandes realizações do Hubble destaca-se uma série de observações contínuas de supernovas que mostram que o Universo está se expandindo em ritmo crescente. A descoberta sem prescedentes é chamada de energia escura, da qual os cientistas pouco sabem, mas trabalham incessantemente e avançam nas pesquisas.

No começo deste ano, o Hubble focou o Ultra Deep Field, que contém vários tipos de galáxia e objetos distantes jamais fotografados. A luz das jovens galáxias viajou por mais de 13 bilhões de anos até alcançar a câmera digital do Hubble.

Mas a imagem feita em 1995 pelo telescópio que ficou famosa foi a da Nebulosa Águia, conhecida como Pilares da Criação: colunas de hidrogênio iluminadas pela luz de estrelas que ilustrou dez entre dez capas de revistas e jornais na época.

Nova surpresa

Ao completar seu 14º aniversário, o telescópio espacial Hubble continua revelando surpresas. Uma nova foto captada pelo telescópio, divulgada nessa quinta-feira (22), mostra o nascimento de uma estrela em uma galáxia que colidiu com outra galáxia

Nasa/ESA/Aura/STScI

Anel de galáxias formado pela colisão com outra galáxia.
Lembra o formato de um bracelete de diamantes incrustados
 

A galáxia, feita de blocos de estrelas de azul brilhante circulando um núcleo amarelo, foi há muito tempo vítima de uma colisão violenta. Qualquer um que vivesse em um dos planetas do anel veria um grupo de estrelas azuis brilhando em seu céu noturno, dizem astrônomos.

O anel de galáxias -no céu do Hemisfério Sul- está a cerca de 300 milhões de
anos-luz de distância da Terra. A forma incomum da galáxia foi criada quando uma outra galáxia (não-visível na nova imagem) atingiu seu disco principal. Gás e estrelas foram formando um anel em expansão -um pouco como acontece quando uma pedra é jogada em um lago-, provocando um nascimento desenfreado de estrelas. A luz azul é de estrelas jovens e quentes. A luz roda, de gás hidrogênio que brilha no intenso banho de luz ultravioleta emitida pelas estrelas recém-nascidas.

O anel tem cerca de 150 mil anos-luz de diâmetro, mais largo que a Via Láctea. Segundo os astrônomos, daqui a cerca de 300 milhões de anos, o anel começará a se desintegrar.


Pesquisa da antimatéria

Grupo de 39 cientistas que tem 2 brasileiros fabricou ao menos
50 mil antiátomos, experimento que pode revolucionar a ciência

Por Luisa Massarani, free-lance para a Folha de S.Paulo
Colaboração de Ildeu de Castro Moreira, do Instituto de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

25 janeiro, 2004

Cientistas anunciaram, em artigo publicado on-line pela revista científica britânica "Nature" (www.nature.com), a obtenção de antiátomos de hidrogênio com velocidades baixas ("frios") e em grandes quantidades. Foram produzidos pelo menos 50 mil átomos de anti-hidrogênio, o elemento mais simples no mundo da antimatéria, dotados de velocidades similares às dos átomos presentes na atmosfera.

O experimento foi realizado no Cern, a Organização Européia de Pesquisa Nuclear sediada na Suíça, e abre caminho para testar de uma forma mais rigorosa alguns dos pilares da física moderna.

   

Antimatéria

Átomo ou matéria constituída pelas antipartículas do próton,
do nêutron, do elétron etc.
Teoricamente, um átomo de antimatéria em contato com seu análogo levaria ao aniquilamento dos dois, com as transformações desses em neutrinos e radiação gama.


A antimatéria é como uma imagem da matéria usual refletida no espelho. Cada partícula elementar tem sua correspondente de antimatéria com mesma massa e carga elétrica oposta. Quando se encontram, partícula e antipartícula se aniquilam, produzindo energia. Inversamente, a energia pode ser convertida em pares de matéria e de antimatéria.

O anti-hidrogênio tem um antielétron (ou pósitron) que orbita um núcleo com um antipróton, em contraste com o elétron e o próton do hidrogênio usual.

Os primeiros átomos de anti-hidrogênio haviam sido produzidos sete anos atrás, mas tinham velocidade quase igual à da luz e duravam poucos bilionésimos de segundo, antes de se destruírem em colisões. Isso era insuficiente para fazer medidas com eles.

O experimento Athena (Antihydrogen Apparatus) reuniu 39 cientistas de seis países e permitiu a produção de átomos de anti-hidrogênio que duram muito mais, na casa dos milissegundos. "Estamos trabalhando para, no futuro, aprisionar os anti-hidrogênios em armadilhas magnéticas nas quais devem durar horas", afirma o cearense Claudio Lenz Cesar, 38, pesquisador do Instituto de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), integrante da equipe do Cern ao lado do ítalo-brasileiro Alessandro Variola, do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália.

O anti-hidrogênio produzido deve permitir novas observações, que podem colocar em xeque o Modelo Padrão, até hoje a melhor descrição física das partículas elementares e suas interações.

O experimento do Athena começou em 2000, quando entrou em operação uma nova máquina para desacelerar antiprótons. Foi o início de uma disputa acirrada entre dois grupos de pesquisa internacionais, ambos no Cern.

De um lado, ficou o grupo Atrap (Antihydrogen Trap), liderado pelo norte-americano Gerald Gabrielse, da Universidade Harvard. De outro, o Athena. Gabrielse disse à Associated Press duvidar do resultado obtido pelos rivais. "Nossa longa experiência com esses experimentos difíceis ressalta que observar a aniquilação simultânea de pósitrons e antiprótons não assegura que anti-hidrogênio tenha sido realmente produzido."

Na avaliação de Lenz, vários fatores permitiram que o Athena chegasse na frente. "Nossa equipe desenvolveu técnicas de produzir e armazenar pósitrons mais eficientes que as do grupo rival. Conseguimos armazená-los em uma taxa 2.000 vezes maior."

Outra vantagem é a técnica de detecção desenvolvida pelo Athena. O anti-hidrogênio é detectado quando se aniquila em contato com a matéria. "Observamos que a aniquilação do antipróton e do pósitron ocorreu no mesmo local e no mesmo instante, significando que os dois chegaram juntos ali", afirma o brasileiro.

Os átomos de anti-hidrogênio são produzidos em uma armadilha eletromagnética, misturando pósitrons e antiprótons previamente resfriados. O anti-hidrogênio é detectado quando se aniquila em contato com a matéria.

O encontro do antipróton com um próton leva à destruição de ambos e à emissão de partículas chamadas píons. Os píons são então registrados num detector, produzindo uma imagem.


Estudo afirma que protetores
solares não impedem câncer

Protetores solares não funcionam bem na prevenção de
câncer de pele. A recomendação é evitar o sol ou se cobrir

Fonte: BBC Brasil
28 outubro, 2003

Os cientistas descobriram que algumas das marcas de protetor mais populares não detêm os raios UVA –que prejudicam a pele–, mas alertam que ainda são necessários mais estudos para medir a eficiência dos cremes.

Os raios UVA é normalmente associado ao envelhecimento prematuro da pele e ao aumento nas chances de desenvolver câncer de pele.

Radicais livres

Os raios UVA penetram na pele, libertando radicais livre que podem danificar o DNA, o que pode provocar câncer.

Protetores solares deveriam evitar que isso aconteça. No entanto, os médicos testaram três marcas conhecidas de protetor com fatores altos nas doses recomendadas. Os testes indicaram que, apesar de os cremes evitarem queimaduras, eles não detêm os raios ultravioleta.


Fusão fria

Nota do leitor Wladimir Guglinski ao Jornal dos Amigos

Na edição nº 46 de novembro de 2002, a revista "Infinite Energy" publicou artigo de Wladimir Guglinski, sob titulo "What is Missing in Les Case's Catalytic Fusion", no qual Guglinski fez sugestões a serem introduzidas nas experiências de fusão fria, para ampliar e acelerar os resultados a serem obtidos.

Na Décima Conferência Internacional sobre Fusão Fria (ICCF-10), realizada em agosto de 2003, foram apresentados os resultados da EXPERIÊNCIA LETTS-CRAVENS, que confirmam as previsoes de Guglinski. Veja no portal http://ciencia2000.cjb.net

OBS: a fusão fria libera energia impoluta, que não degrada e nem polui o meio ambiente. Em um futuro próximo, com o desenvolvimento da teconologia de fusão fria, a energia dos combustíveis poluentes, como os derivados de petróleo, começará a ser substituída pela energia obtida pela fusão fria, cujo custo de obtençao também será mais barato.


Notícias

ONU diz que metas para água
não serão atingidas até 2015
Fonte: Portal Terra

Até agora, apenas 50% dos países em desenvolvimento estão no caminho de atingir a meta de diminuir pela metade o número de pessoas sem acesso a água encanada.
Ver mais

Espelho gigante é instalado no
maior telescópio solar do mundo
Fonte: Portal Terra

A Universidade do Arizona anuncia que terminou a instalação do primeiro espelho de 8,4 metros no telescópio solar mais poderoso do mundo no observatório internacional Mount Graham. Ver mais

Porque é perigoso ir dormir alcoolizado
Fonte: Portal Terra

Quando uma pessoa dorme, a atividade do corpo diminui, as batidas do coração diminuem e gerando menos calor. Se a pessoa que ingeriu álcool se encontra num ambiente frio, a queda de sua temperatura corporal unido ao efeito vasoconstrictor e refrigerante do álcool, pode fazer com que morra por hipotermia. Ver mais

O que provoca o albinismo
Fonte: Portal Terra

O albinismo é uma disfunção universal que pode afetar o ser humano e também os animais. É muito freqüente em ratos, coelhos, cavalos, porcos, peixes, tubarões e tigres. Ver mais

Álcool: mais nocivo que benéfico
Fonte: Portal Terra

Segundo o cientista e catedrático Manfred Singer, "a quantidade potencialmente daninha de álcool (composto orgânico que contém hidroxila ligada diretamente a átomo de carbono saturado) no corpo é de 40 gramas no homem e de 20 gramas na mulher. Uma garrafa de cerveja contém aproximadamente 20 gramas de álcool puro.
Ver mais


Música de fundo em arquivo MID (experimental):
Delibes pizzicato, autoria desconhecida
Nota para a seqüência Midi: *****

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Belo Horizonte, 26 abril, 2004

Ciência